EDUCAÇÃO EMOCIONAL NO COMBATE À CRISE

23-02-2016 07:59
Klênia de Carvalho - Pedagoga e professora do curso de Educação Emocional com certificação internacional PEI pela Feuerstein Institute
 

A palavra crise possui uma grande carga negativa associada. A simples menção dela já leva todo trabalhador a buscar em seus arquivos mentais todos os registros na estrutura de lembranças. Nada mais natural que emergir insegurança, provocando sensações como desamparo, desalento, desesperança ou até mesmo medo, após visualizar cenas de reportagens informando demissões em serie, falências e retrocessos. Daí a grande diferença entre profissionais que desenvolveram a Inteligência Emocional (I.E.) e aqueles que não praticaram as habilidades que a compõe como empatia, autoconsciência, autorregulação, motivação e habilidades em relacionamento interpessoal. Aqueles que desenvolveram a I.E. contam agora com uma vantagem competitiva, pois mesmo estando em cenário desfavorável conseguem manter o foco, possuindo baixos níveis de ansiedade e maiores níveis de produtividade.

Se antes suspeitávamos que as pessoas mais bem sucedidas não eram as mais estudiosas com maior Quociente  de Inteligência (Q.I), mas sim as que possuíam habilidades não mensuradas pelas notas acadêmicas, hoje temos a comprovação deste fato. Após inúmeros estudos realizados por universidades, temos a comprovação que o sucesso profissional está diretamente vinculado com a I.E.

No livro “Inteligência Emocional”, Daniel Goleman uniu os resultados obtidos em diversas pesquisas comprovando que 10% da responsabilidade no sucesso profissional estão ligados ao Q.I. e os outros 90% seriam explicáveis pelo conjunto de fatores que ele designa como "inteligência emocional". As empresas que entenderam o recado estão investindo em treinamentos dessa área. Podemos citar as americanas Coca-Cola e Hallmark que tiveram, respectivamente, 15% e 25% de melhora na produtividade depois de terem recebido treinamento focado em inteligência emocional.

A palavra crise vem do grego krisis que reporta à ação de "separar", "distinguir" e "decidir". Nunca se teve tantas informações disponíveis para que pudéssemos elaborar planos e estratégias com conhecimento de causa. Portanto, só há um agravante nesta história: a falta de I.E. Para alegria de todos, já há disponível no mercado excelentes cursos e treinamentos voltado para este fim, treinamentos que trabalham as habilidades que compõem a I.E.

O grande diferencial desses cursos é possuir treinamento prático das habilidades que compõe a I.E., através de vivências e atividades de desbloqueio cognitivo. Técnicas como Role Playing e a aplicação do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) promovem uma mudança radical na forma como o sujeito lida com o outro, a percepção de si e a autoconfiança, resultado em pessoas mais aptas, com maiores capacidade de não só gerirem a própria vida como também auxiliarem pessoas, empresas e instituições a encontrarem as melhores estratégias e soluções para obter os melhores resultados.

O investimento que se faz em Educação Emocional é uma excelente “vacina” para se “imunizar da crise vírus”, que vem destruindo a imunidade do sujeito que deixou de acreditar no próprio potencial e que, ao perder o equilíbrio nas dimensões emocionais, manifesta sua doença através do medo, da ansiedade, do descontrole e de todos os destemperos existentes e frutos da falta de I.E.

Não há crise para quem tem inteligência emocional. Ela é simplesmente uma oportunidade de mudança já que essas pessoas possuem dentro de si recursos para superar as adversidades. Todos os obstáculos são encarados como novas experiências e novos aprendizados.

 

 

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